"Diversos estudos confirmam a
eficiência do preservativo na prevenção da aids e de outras doenças sexualmente
transmissíveis. Em um estudo realizado recentemente na Universidade de
Wisconsin (EUA), demonstrou-se que o correto e sistemático uso de preservativos
em todas as relações sexuais apresenta uma eficácia estimada em 90-95% na
prevenção da transmissão do HIV. Os autores desse estudo sugerem uma relação
linear entre a frequência do uso de preservativos e a redução do risco de
transmissão, ou seja, quanto mais se usa a camisinha menor é o risco de
contrair o HIV.
A camisinha é mesmo impermeável?
A impermeabilidade é um dos
fatores que mais preocupam as pessoas. Em um estudo feito nos Estados Unidos,
ampliou-se o látex do preservativo (utilizando-se de microscópio eletrônico),
esticando-o em 2 mil vezes e não foi encontrado nenhum poro. Outro estudo
examinou as 40 marcas de preservativos mais utilizadas em todo o mundo,
ampliando 30 mil vezes (nível de ampliação que possibilita a visão do HIV) e
nenhum exemplar apresentou poros. Em outro estudo mais antigo que usou
microesferas semelhantes ao HIV em concentração 100 vezes maior que a
quantidade encontrada no sêmen, os resultados demonstraram que, mesmo nos casos
em que a resistência dos preservativos mostrou-se menor, os vazamentos foram
inferiores a 0,01% do volume total. O estudo concluiu que, mesmo nos piores
casos, os preservativos oferecem 10 mil vezes mais proteção contra o vírus da
aids do que a sua não utilização.
E por que às vezes estoura?
Quanto à possibilidade do
preservativo estourar durante o ato sexual, as pesquisas sustentam que os
rompimentos se devem muito mais ao uso incorreto do preservativo, do que a uma
falha estrutural do produto. O dado mais convincente sobre a eficiência do
preservativo na prevenção contra o HIV foi demonstrado por um estudo realizado
entre casais, onde um dos parceiros estava infectado pelo HIV e o outro não. O
estudo mostrou que, com o uso consistente dos preservativos, a taxa de infecção
pelo HIV nos parceiros não infectados foi menor que 1% ao ano. Diante dos
resultados dos estudos realizados por instituições renomadas e de
credibilidade, pode-se dizer que o correto e frequente uso do preservativo
contribui de forma eficaz tanto para a prevenção de enfermidades quanto para
evitar a ocorrência de gravidez não planejada.
Dúvidas Frequentes
Que cuidados devem ser tomados
para garantir que a camisinha masculina seja usada corretamente?
Abrir a embalagem com cuidado -
nunca com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la. Colocar a
camisinha somente quando o pênis estiver ereto. Apertar a ponta da camisinha
para retirar todo o ar e depois desenrolar a camisinha até a base do pênis. Se
for preciso usar lubrificantes, usar somente os que sejam à base de água,
evitando vaselina e outros lubrificantes à base de óleo. Após a ejaculação,
retirar a camisinha com o pênis ainda ereto, fechando com a mão a abertura para
evitar que o esperma vaze de dentro da camisinha, e dar um nó no meio da
camisinha para depois jogá-la no lixo. Nunca usar a camisinha mais de uma vez!
Além desses cuidados, também é
preciso certificar-se de que o produto contenha a identificação completa do
fabricante ou do importador. Observe as informações sobre o número do lote e a
data de validade e verifique se a embalagem do preservativo traz o símbolo de
certificação do INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, cuja finalidade é
atestar a qualidade do produto. Não utilize preservativos que esteja há muito
tempo guardados em locais abafados, como bolsos de calça, carteiras ou
porta-luvas de carro, pois ficam mais sujeitos ao rompimento. Utilize somente
um preservativo por vez, já que preservativos sobrepostos podem se romper com o
atrito.
Quando a camisinha estoura, que
atitude deve ser tomada?
Sabe-se que a transmissão sexual
do HIV está relacionada ao contato da mucosa do pênis com as secreções sexuais
e o risco varia de acordo com diversos fatores, incluindo o tempo de exposição,
a quantidade de secreção, a carga viral do(a) parceiro(a) infectado(a), a
presença de outra doença sexualmente transmissível, entre outros. Sabendo
disso, se a camisinha se rompe durante o ato sexual e há alguma possibilidade
de infecção, ainda que pequena (como, por exemplo, parceiro de sorologia
desconhecida), deve-se fazer o teste após 90 dias para que a dúvida seja
esclarecida. A ruptura da camisinha implica risco real de adquirir a infecção
por HIV. Independente do sexo do parceiro, o certo é interromper a relação,
realizar uma higienização e iniciar o ato sexual novamente com um novo
preservativo. A higiene dos genitais deve ser feita da forma habitual (água e
sabão), sendo desnecessário o uso de substâncias químicas, que podem inclusive
ferir pele e mucosas, aumentando o risco de contágio pela quebra de barreiras
naturais de proteção ao vírus. A lesão de mucosas genitais pode implicar um
risco adicional, pois caso signifique
presença de uma doença sexualmente transmissível, como a gonorréia, o risco de
aquisição da aids aumenta. Na relação anal, mesmo quando heterossexual, o risco
é maior, pois a mucosa anal é mais frágil do que a vaginal".
Excelente Iniciativa. Não é porque não podemos engravidar que não podemos pegar Doenças Sexualmente Transmissíveis. Lembrando que essas são mais comuns nos gays por terem a vida sexual mais ativa, maior quantidade de parceiros e pouco cuidado. Tem evangélicos que acham que a AIDS é uma forma de deus demonstrar o quanto estamos errados (ou em pecado). Creio que é nossa obrigação acabar com essa imagem
ResponderExcluirBoa matéria, parabéns
ResponderExcluirBoa matéria, parabéns. Ainda tem muita gent que desconhecee esse assunto
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